Overtraining

Por definição: é uma condição resultante de se fazer mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar. São fatores agravantes uma dieta incorreta e a falta de descanso.

Sintomas e consequências: Os indivíduos com Overtraining podem apresentar alterações fisiológicas, psicológicas, imunológicas, hormonais e bioquímicas, tais como: redução do desempenho, dores musculares,incapacidade de completar as sessões de exercício, perda do estímulo competitivo e da determinação, alterações de apetite e perda de peso, mudanças do padrão do sono, incluindo dificuldades para dormir, sono intermitente, pesadelos, sono não restaurador e insônia, distúrbios de humor como ansiedade aumentada, depressão, irritabilidade e nervosismo, maior susceptibilidade a gripes e resfriados


É assim que me sinto desde o Internacional de Santos. Não tenho rendido nos treinos, a vontade de treinar diminuiu, estou ficando gripado pela segunda vez em 15 dias, emagreci 1,5kg, andei tendo pesadelos e dificuldade pra dormir e quebrei pela primeira vez na minha última prova no RJ.
Ontem num treino de ritmo pensei em parar por 2x... nem era prova. A sensação é muito ruim.


A receita: Descanso e alimentação reforçada!!
Agora, convença um triatleta a ficar parado.... difícil, se não impossível!
E ainda tem travessia dos fortes esse final de semana.
Fica o alerta sobre os sinais pra quem acompanha o blog, eu já reconheço facilmente quando esse problema chega pra mim.

Resultado Campeonato Estadual de Triathlon do Rio de Janeiro

Como diria meu grande amigo baiano (Sidney), ontem na prova eu Nádei, Pédalei, Córri e Québrei!!!! hahahaha
Cometi alguns erros de iniciante. O primeiro foi ficar 5 horas sem comer nada antes da prova, sendo que eu havia tomado café da manhã as 5 e a largada foi às 10. Segundo erro foi levar somente uma caramanhola confiando que houvesse hidratação durante o ciclismo.
O calor ajudou a quebrar tb, apesar de meio nublado estava bem quente e úmido.
No geral recomendo a prova, bem organizada e um ótimo custo x benefício, além de um ótimo visual e ter CHIP!!!! Não deixa nada a desejar ao Troféu Brasil e o percurso me pareceu bem mais interessante.

A natação

Natação fácil, sem ondas, com um pouco de correnteza, e como o número de atleta não era tão grande, foi relativamente tranquila. O percurso era de 2 voltas de 800m. Larguei muito bem, na frente e encaixei um ritmo forte pra tentar pegar uma boa esteira. Consegui manter o ritmo forte durante toda primeira volta. Mas ao fazer o retorno na areia pra  cair na água de novo, fiquei ofegante e demorei a encaixar o ritmo novamente.
Fechei a natação com 27:30 os 1600m. Mais 1 minuto pra chegar na transição deu 28:40.

A bike
Percurso duro, com bastante subidas e descidas disfarçadas e com alguns retornos. O asfalto é ótimo, porém na perimetral existem aquelas emendas dilatadoras que todo viaduto tem, mas não atrapalha apesar de trepidar um pouco. Encaixei uma boa primeira volta, apesar do vento, consegui manter uma boa média e passar um bom número de atletas, reparei nos retornos que havia poucas pessoas na minha frente. Na segunda volta, já sem água na caramanhola, senti um pouco a falta do gel, pois nessa hora já fazia 1:30 que tinha tomado o último, antes da largada. Tomei o segundo e fui pra transição, mas perdi contato com os caras que pedalavam próximos de mim. Final 1:06:40 de bike, com média de 37Km/h.

A corrida
Saí pra corrida e na transição o Renan e o Léo me disseram que eu estava bem e que havia poucas pessoas na minha frente. Saí empolgado com a notícia e encaixei um bom ritmo a 4:30min/Km, mais conservador que o ritmo que eu sai no Internacional. No entanto, com 2km já senti o peso da desidratação, calor e falta de carbohidrato... comecei a pensar em andar. Mas desistir é pra sempre! Então resolvi deixar o pace cair pra não quebrar totalmente,... comecei a correr pra 4:48, 4:50... fui assim até fechar os primeiros 5K. Depois disso o pace caiu muito e foi me arrastar pra chegar. Fechei os 10K pra 49:47, pace de 4:57, contra os 4:38 que consegui imprimir no internacional.

Total : 2:25:18 (ainda não sei minha colocação, porque o resultado não foi divulgado no site)

Valeu muito a experiência e adorei fazer a prova em outro cenário. Recomendo.

Abaixo videos da prova:
http://www.youtube.com/watch?v=pnY6z7woGBo
http://www.youtube.com/watch?v=CerhBYuQldc
http://www.youtube.com/watch?v=ADVM-L7G988
http://www.youtube.com/watch?v=VOZ3Uze5GcY
http://www.youtube.com/watch?v=oEhpyjwbKs4

Campeonato Estadual de Triathlon Olímpico do RJ

Esse final de semana irei participar do Campeonato Estadual de Triathlon Olímpico do RJ. Será a minha primeira prova no Rio de Janeiro, apesar de eu ser carioca, mas morar em SP.
Não conheço o percurso, mas conheço o lugar.
A natação na Praia do Flamengo me preocupa, mas já ouvi falar que não é pior que Santos, em matéria de sujeira. Santos aliás estava uma tragédia no Internacional... só faltou pneu de caminhão boiando.

O percurso de bike pega um trecho do aterro do flamengo que é liso, mas em sua maior parte é feito na perimetral, que é um complexo de viadutos que beira o porto, parecido com o minhocão e com similares altos e baixos... além disso parece que venta bastante. Então vai ser duro! E é uma prova com vácuo liberado, portanto será muito importante encaixar uma boa natação e orientação, pra sair com os que pedalam bem.
Quanto a corrida já estou imaginando o quanto vou sofrer, pois a previsão é 34 graus, com a umidade peculiar do Rio, vai ser igual correr dentro do forno. Me livrei do internacional pq choveu, agora vou sofrer no Rio.... anyway, ruim pra mim, ruim pra todo mundo.
Não tenho expectativas de tempo, porque nunca fiz essa prova, mas algo em torno de 2:17 a 2:20.
Escolhi fazer essa prova em detrimento do Trofeu Braisl, por descordar do absurdo preço cobrado 210,00 reais para se fazer um short. Isso no preço inicial que acaba uns 2 meses antes.
Pra se ter uma idéia, a prova do Rio me custou 90,00 reais, isso porque não sou filiado na FTERJ, senão seriam 80,00.
Então, a desculpa do Núbio de que os valores das inscrições precisam ser altos para bancar os custos das provas é uma mentira completa.
Depois conto detalhes sobre percurso, organização, staff, etc. Temos que procurar alternativas e dar forças para outros campeonatos... estimular a concorrência, que é saudável para todos, principalmente os triatletas.

O novo triatleta da equipe

Chega mais um triatleta pra compor a equipe de triatletas de casa. Nada mais nada menos que Crowie, bi-campeão do Ironman Hawaii... Haha...
Esse é o nome que demos pro Yorkshire que dei pra minha noiva em homenagem ao super triatleta Craig Alexander. Abaixo a foto do figura, descansando é claro, depois de um set de Swin 4000m/Bike 120K/Run 30K...rsss

Próximas provas e treino de transição

Treino de transição
O treino de hoje(sábado) foi excelente. Primeiro pelo dia lindo que tá fazendo em SP, coisa rara.
Segundo foi um treino de transição rápida, com 6 séries de 6Km pedal + 1,5Km, depois de 8K de bike pra aquecer.
As séries eram progressivas de 1 a 3 e depois de 4 a 6. E as médias foram boas :
1) Bike 34,5Km/h - Run 4:28 min/km
2) Bike 37,1Km/h - Run 4:13 min/km (errei o ritmo... muito forte)
3) Bike 37,2Km/h - Run 4:13 min/km(esse sim era pra ser forte)
4) Bike 34,0Km/h - Run 4:33 min/km
5) Bike 35,6Km/h - Run 4:18 min/km(peguei transito na Bike)
6) Bike 37,0Km/h - Run 4:15 min/km
Amanhã treino no Riacho com natação+pedal+corrida...

Próximas provas

Minhas duas próximas provas serão na Cidade Maravilhosa.
A primeira é agora no dia 21/03, campeonato estadual de triathlon olímpico.
A segunda sempre foi um dos meus sonhos, é a famosa travessia dos fortes no dia 04/04, em pleno feriado de páscoa.
Essa prova é tradicionalíssima, com exibição pela globo. O percurso é basicamente atravessar a praia de copacabana nadando, cerca de 3,8Km. Daí o nome da prova, pois sai próximo ao forte de copacabana e chega próximo ao forte do Leme, no outro extremo da praia.
Pra se ter uma ideia do prestígio da prova, 2500 inscrições se esgotaram em menos de 48 horas.
veja : Travessia dos Fortes

Abaixo o percurso mapeado no Google Earth...(clique na foto para zoom)

Correr descalço??? A polêmica...

O Jefferson que é dono de loja de tênis Authentic Feet vai ter que me desculpar, mas esse tema está cada vez mais polêmico e saindo em todos os lugares, então tenho que comentar.

Já havia comentado aqui sobre a filosofia do tenis Newton Running, usado pelo Bicampeão Mundial de Ironman Craig Alexander, que propõe a pisada Barefoot, ou seja, a passada iniciada com o meio do pé e não com o calcanhar. De acordo com pesquisas, essa pisada é mais natural para o ser humano. além de ser mais econômica em relação a energia, por aproveitar a inércia do corpo para frente. 

Os estudos dizem que com o desenvolvimento dos sofisticados tenis de corrida com grande amortecimento, principalmente na região do calcanhar, desenvolvemos uma pisada não natural, com o início no calcanhar (Forefoot) e rolagem até as pontas dos dedos. Esse movimento tende a frear o corpo no primeiro momento para depois novamente embalar com o impulso dado contra o solo. 

Agora a nova polêmica que surgiu, com a publicação de um estudo na revista Nature, é a de que, correr descalço seja mais natural que correr com os grandes modelos de tenis atuais, e isso poderia evitar as lesões que acometem um grande número de praticantes hoje em dia. 

Reportagem na Globo

Video da Nature

Existe até uma espécie de meia chamada Five Fingers que virou sensação na Europa e com certeza em breve veremos por aqui nos pés dos mais Early Adopters.

É lógico que não é qualquer um que pode sair por aí correndo descalço, sem nenhum preparo e já em grandes volumes. Nossos pés se acostumaram por anos com calçados e não estão preparados para tal mudança. 

Mas aí nos faz pensar também, durante milhões de anos o ser humano corria por aí, fugindo de predadores ou mesmo caçando e sem usar nada nos pés... E nunca ouvimos falar de índios ou ancestrais que sofriam de banda do trato ilio-tibial, ou canelite, ou condromalacia, se sofriam, a seleção natural, que Darwin explicou muito bem em seus estudos, resolveu o caso. Ou seja, viraram comida de leão ou morreram de fome e portanto a espécie não se propagou.

Isso conclui que nossos pés foram durante milhões de anos se adaptando ou se aperfeiçoando para sua principal atividade, andar e correr... E o homem simplesmente nos últimos 40 anos resolveu que sabia como melhorar isso. Será???

É claro que no mínimo os tenis são necessários pelos perigos que encontramos nos treinos, asfalto quente, pregos, vidros, obejtos cortantes, etc.

Fica claro também, que não indico que ninguém saia por aí correndo sem tenis, nem mesmo eu irei fazer isso, pelo contrário indico que comprem bastante tenis na Authentic Feet do Shopping Santa Cruz, onde voce será com certeza muito bem atendido.

Mas ficam duas conclusões, no meu ponto de vista:

- Os fabricantes de tenis terão que ficar atento a esses estudos e adaptarem nossos tenis para que cada vez mais a nossa passada seja a mais próxima possível do natural.

- Nós, por outro lado, podemos realizar educativos e correções graduais para mudarmos nossas passadas para uma mais barefoot, do que simplesmente pisar com o calcanhar com todo o impacto e deixar o tenis se virar. (Eu sigo tentando)