quinta-feira, 18 de julho de 2013

Maratona do Rio de Janeiro 2013

No dia 07/07 corri a Maratona do Rio de Janeiro. Foi a minha primeira maratona e primeiro teste rumo ao Ironman. Foi uma ótima oportunidade para entender o que é passar mais de 3:00 correndo e ver que não será nada fácil fazer isso depois de pedalar por mais de 5 horas, os 180km.
Decidi ir com o Mizuno Wave Prime Osaka, o que foi uma ótima escolha, pois no final da prova, quando a musculatura já cansada não suporta tanto o impacto, o tênis com bom amortecimento faz esse serviço.
Quanto a prova, não tenho base para falar, pois foi minha primeira, mas creio que está entre as duas melhores do país, com um belo percurso, 90% plano, mas com duas subidas bem técnicas, passando pelas principais praias do Rio e com um visual deslumbrante. Não é uma prova fácil e nem muito rápida, principalmente pelo calor e pelas subidas, porém vale muito a penas. Definitivamente uma prova que eu recomendo qualquer atleta brasileiro fazer antes de se arriscar em maratonas pelo mundo.
Mas é triste vermos como, mesmo tendo um cenário e  percurso perfeitos, ainda pecamos em itens básicos da "experiência" do atleta, que é o que faz o "cliente" retornar.
Enfrentei uma fila gigante de cerca de 1h para pegar um kit, numa prova onde largaram apenas 6mil corredores! Imagina se fosse uma maratona de NY com 40mil??? Imagina na Copa??? rs. Outro item muito ruim é chegar à largada, pois as vias mais triviais de se chegar a largada são fechadas antes das 5 da manhã e não há nenhuma orientação de como se chegar através de rotas alternativas. Os ônibus da organização são a melhor opção para isso, porém não havia vagas para todos os interessados no dia do kit.

A prova
7:30 - Pontal do Recreio. Com um sol lindo nascendo,  e o visual do mar, liso e azul, largamos, eu , Rafael Facco e Eduardo Rodrigues, parceiros de equipe Trilopez. Pra minha surpresa saímos sentido SUL... pra quem tem que correr do Pontal até o Aterro em linha reta, assusta voltar 1km pra tras. Saí aquecendo o primeiro km ainda embolado, mas já no meio do km 1 fui encaixando o pace desejado que era próximo a 5min/km. Fomos eu e o Rafael, num ritmo confortável e apreciando o visual. Percurso plano, a temperatura agradável por volta de 20 graus, pois ainda era cedo, tornou a  tarefa agradável até o km 22. As praias do Recreio e Reserva vazias por ser inverno e bem cedinho. Aí veio a primeira subida, do Joá, deixando a Barra, atravessando o túnel em direção a São Conrado. Nessa hora a turma começou a se separar com a dificuldade adicional da subida. Do km 24km ao 28km cruzamos a praia de São Conrado, e a temperatura ainda era amena, pois ainda era antes das 10:00. Do km 28 pra frente é que a prova começa. O cansaço das pernas já é considerável, mas aí vem a subida forte da Niemayer, que dura uns 2km  e mais 1km de descida, que termina de judiar das pernas. Entrando no Leblon com 31 para 32  a temperatura nos termômetros já marcavam 27 graus. Conforme fui deixando Ipanema e chegando em Copacabana, já com 35, 36km o cansaço bateu geral. Nessa hora, ao invés de contabilizar quanto tempo faltava pra acabar, preferi usar a contagem regressiva dos kms para melhorar o psicológico. A torcida em Copacabana também ajuda bastante, muita gente assistindo. Mas o pace foi caindo gradativamente 5:10, 5:20, 5:30. Km a Km Copacabana passou e entrei em Botafogo faltanto míseros e sofridos 4 kms. Ao chegar na Enseada de Botafogo, já no km 40 o calor já era bem forte por volta das 11:00, e com tanta kilometragem nas pernas dos atletas o cenário parecia de um hospital de guerra. Vi dois caras apagarem na minha frente, bastante gente começou a caminhar. Nessa hora pensei, dane-se o pace, vamos chegar... e assim fui sem olhar pra frente, só um passo de cada vez até a linha de chegada. Impressionante o funil de chegada pelo número de expectadores torcendo e gritando... foi bastante emocionante depois de tanto sofrimento. Valeu a experiência e o treino para o real desafio em maio de 2014. Final 3:39:31 para percorrer os famosos 42.195m. Segue link do Garmin com dados do GPS.
Agora no segundo semestre volto a focar o triathlon, especialmente Pirassununga.

Rio 2016