domingo, 21 de novembro de 2010

Missão dada é missão cumprida! - Sub 5 em Pira 2010

Tudo começou em 2007, ano que entrei de vez pro triathlon, e comecei a treinar com a assessoria Trilopez. A minha evolução foi tão rápida no início, treinando com a equipe, que me empolguei e me inscrevi pra Pira no final do ano.
Por ignorância, e ganância, diminuí demais a musculação e aceitei perder muito peso durante os treinos preparatórios para o Long Distance Pirassununga 2007, pois ao perder peso passei a correr melhor e mais rápido.
Resultado, arrumei uma tendinite grave no joelho por conta de um grave desequilíbrio muscular. Com isso, perdi o ano de 2008 inteiro sem conseguir treinar, inclusive bike, pois o joelho doía muito. Cheguei a pensar em desistir do triathlon por várias vezes e vender minha bike. A Camila, minha esposa,  que não deixou.
Desde então essa prova estava "atravessada" na minha garganta... Depois do retorno em 2009 aos treinos, porém só em shorts e olímpicos, decidi tentar um long em 2010. Fiz o meio do Rio, e muito mais consciente dos treinos e do meu corpo, deu certo. A tendinite apareceu na prova novamente, porém dessa vez foi muito mais pelo aumento do esforço do que por desequilibrio muscular. Dessa vez caprichei na musculação, alongamento, e não perdi massa muscular..
Mas faltava Pira... e hoje foi tudo perfeito, cravei 4h:47min numa prova em que o calor quebrou muita gente boa. Missão dada é missão cumprida capitão...rs!

O dia começou nublado, cerca de 23graus no termômetro do odômetro bontrager. Durante a bike foi esquentando e chegou a 34graus. Já na corrida o sol veio com tudo e aí o bicho pegou.

A natação
Natação em Pira é apanhar sempre... e não deu outra, mais de 500 pessoas nadando ao mesmo tempo, bastante troca de carícias aconteceram. Não senti o nado encaixado, mas saí da água com os previstos 32:00, que tinham exatos 1900m de acordo com o Garmin.

A bike
Comecei a pedalar e coloquei na cabeça que tinha que ir bem porém sem forçar muito, porque sabia que a corrida ia derrubar muita gente. Comecei solto, mas com as pernas descansadas e sem vento tava fácil andar acima de 40km/h, só caía com as subidas. Passei a primeira volta com média de 38km/h no cateye. Pensei, tá forte, dá pra segurar um pouco.
É muito triste ver como tem gente no triathlon sem espírito esportivo. Vi muita gente mal intencionada pegando vácuo na cara de pau mesmo há menos de 2m do cara da frente. O percurso em Pira favorece o aparecimento de pelotões, mas pude perceber que o problema mesmo é a falta de caráter de alguns. Sim é possível fazer um pedal honesto lá, mesmo saindo no bolo da natação, que é o meu caso. Confesso que na primeira volta é complicado manter 10m do cara da frente, visto que está todo mundo embolado, mas na segunda e terceira volta é super tranquilo ficar bem longe do da frente. E fui o que procurei fazer a prova inteira, afinal minha luta entra contra mim mesmo e meu tempo, pois queria baixar um pouco os 4:52 do Rio.
Fui deixando a média cair aos poucos e já na terceira volta estava em 37,5km/h no cateye e 36,8km/h no Garmin (com a transição). Senti um pouco o cansaço já na quarta volta, mas fechei o pedal com 36.3km/h de média já com as duas transições, 37.1km/h no cateye.

A corrida
Saí pra correr bem, sentindo as pernas boas, coloquei um ritmo de 4:58, 5:00 e estava indo bem, fui assim até o km 6, aí na parte de terra senti o calor e a falta de água nesse trecho e média caiu pra 5:05, 5:10 e fui assim até o km18, alternando em momentos bons e não tão bons... Depois do km 18 as pernas endureceram e foi rezar pra chegar... sofri mais nos últimos 3km do que em toda a prova. Logo que saí pra correr aconteceu o que sempre acontece comigo, por ser minha modalidade mais fraca, muita gente me passa logo no início da corrida, pois são pessoas que pedalam bem, mas que correm bem também. Mas depois dos primeiros 10k algo diferente começou a acontecer, comecei a ver muita gente andando, desistindo, quebrando e comecei a passar bastante gente...Percebi que ter respeitado meu ritmo no começo e não me empolgar surtiu efeito no final, enquanto a galera foi quebrando eu consegui manter razoavelmente o ritmo.
Fechei a corrida pra 1:48, dado o calor, acho que foi bom.

Total: 4:47:30, 22o. lugar na categoria(corrigido), que tinham 110 atletas.

Pra se ter uma idéia do nível da categoria 30-34 esse ano, o Ciro Violin foi o 3o. na 30-34, com 4:13... e logo na sequencia veio o 4o. e 5o. lugar... ou seja, pra pegar pódio precisava meter 4:15 (sobrenatural).

Pra completar, Camilinha meteu 5:31, 10min a menos que ano passado e levou o 2o.lugar na categoria.
Final de semana perfeito!

domingo, 14 de novembro de 2010

1 Semana pra Pira 2010

O que dava pra fazer foi feito como treinamento pro long de Pirassungunga... Pedais de 120, 110, 100, 90, 80. Corridas de 12,14,16,18.
Essa semana é só manter o corpo ativo, e preocurar se recuperar bastante, pois final de temporada e treinando pra long não foi fácil. Senti por várias vezes muito cansaço e o corpo dando sinais de que precisava descansar.
A categoria 30-34 está bastante concorrida, 105 atletas inscritos, dentre eles Rafael Brandão, Arthur Ferraz, Ale Gantus, Mauricio Letzow,Arthur Alvim ... a briga vai ser boa... entre eles...rs
A minha expectativa em relação a prova é apenas fazer um bom pedal, mas que não prejudique minha corrida. E mesmo que esteja quente, tentar não quebrar na corrida, correndo bem próximo de 5min/km.
Desejo boa prova a todos que irão participar e torcer para não estar tão quente, já que por aqui em SP anda tão frio que não dá nem pra simular a prova em Pira.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bike fit Retul e treinos

Semana passada foi punk. Longo de 18,5k durante a semana, 60bike/12run no sábado e 120k bike no domingo, depois de ter iniciado a semana com o 100K bike do domingo passado. Resultado: ameça de gripe e início de overtraining. Nada que um OFF bem tirado na sexta e mais 10horas de sono não resolvessem. Impressionante como melhorei e a gripe não chegou.

Agora vamos ao assunto interessante. Tenho visto vários atletas brasileiros, principalmente os profissionais, comentando que fizeram o Bike Fit com o sistema RETUL. Trata-se de um sistema inovador e altamente tecnológico que permite a captura de movimentos tridimensionais, análise instantânea dos dados e ajuste milimétrico da posição do atleta durante a pedalada.
Durante o processo, vários sensores são instalados no atleta em pontos importantes como cotovelo, joelho, quadril e tornozelo, com isso o sistema captura as informações em 3D durante o movimento e as passa ao computador permitindo a análise correta, eliminando adivinhações e  proporcionando um ajuste ideal para o atleta.

Primeira dúvida, será que funciona??? Bom, boas referências o método tem, pois nomes como Chris Lieto, Crowie, Norman Stadler, Lance Armstrong e Mirinda Carfrae realizaram fit com o sistema.

Segunda dúvida, onde fazer no Brasil?
AVANTI SPORTS em Moema SP (www.avantisports.com.br)
Felipe Campagnolla em Campinas (fcampagnolla@uol.com.br)
FCA Sports em BH (www.fcasports.com.br)
Outros

Difícil descrever em detalhes o processo, melhor ver os vídeos abaixo ou ler mais no site do RETUL


Crowie no Retul


Norman Stadler (The Norminator)

Rio 2016