domingo, 9 de junho de 2013
Ironman Brasil 2014
Depois de 2 anos sem escrever, aliás o último post foi justo sobre o IM 2011, resolvi voltar, pois afinal decidi fazer a prova em 2014.
Com mudança de residência, grandes projetos no trabalho, gravidez da minha esposa e chegada do meu primeiro filho, os dois últimos anos foram conturbados. Com isso, o triathlon, mas principalmente o blog, ficaram de lado. Participei de algumas provas e até mesmo do Long Distance de Pirassununga em 2011, alguns duathlons, shorts, olimpicos, corridas e uma tentativa frustrada no Tristar 2012.
Essa semana foi a abertura do processo maluco que é se inscrever para o IM Brasil. Uma loteria praticamente! As 11:00 deveriam começar as inscrições, porém as 10:59 o site já não parava em pé, com erros de server too busy, sql provider access denied, etc. Com bastante sorte consegui minha inscrição.
A organização já divulgou que haverá uma segunda prova na distância e entendo que realmente tenha espaço para isso, afinal para atender a américa do sul inteira, faz sentido.
No entanto, não tem como não tocar num tema polêmico, que é a banalização dessa prova por parte de muitos "atletas". Será que não é a hora de colocar um currículo mínimo para realizá-la? Diminuir o corte de tempo? Pessoalmente sou a favor de ambas as ações. Afinal essa prova deve ser tratada com o devido respeito, pois ela é a meca do triathlon, o Everest para o alpinista, a maratona para o corredor e assim por diante.
Uma semana atrás, recebi um link sobre uma reportagem, onde nosso querido amigo Euler (foto ao lado), do Acre, possivelmente se degladiou nos 15 minutos de inscrição no site, gastou 700 dolares e se inscreveu no IM2013, fora passagens e hospedagem para realizar a prova... até aí, normal, assim como os outros 2mil atletas inscritos. A diferença é o que essa prova possivelmente representa para ele. Explico. O atleta em questão, sendo o último no percurso na bike, passou por uma churrascaria e não titubeou, trocou o sofrimento e é claro, a recompensa para quem termina, por uma costela. Não o julgo, até mesmo por que não o conheço! Não sabemos se estava preparado, se teria condições de terminar, se estava sentindo uma lesão, se estava com muita fome, enfim... A culpa é da costela! (leiam). O caso é que alguém melhor preparado e com muita vontade de terminar não pode se inscrever para que ele participasse.
Acho que o caso exemplifica bem o que tem ocorrido com essa prova, onde cada vez mais pessoas se inscrevem sem a menor bagagem no esporte, para tentarem terminar em até 17 horas os 3,8 Km de natação, 180km de bike e 42km de corrida, e saírem por aí, aos quatro ventos, dizendo "Eu sou um Ironman". Infelizmente! Realmente Ironman virou uma marca, mas no sentido mais comercial da coisa.
Por conta desse efeito também o que mais tenho visto é ex-triatleta após realizar o Ironman. O cara entra no triathlon, faz um short, um olímpico, entra na neura e se inscreve no IM. Em 1 ano ou no máximo 2, vai termina a prova em 14 horas e depois some, engorda, não pedala, não corre e nada, ou nem nada.
Aí penso, será que esse cara era mesmo um triatleta ou ele foi apenas um Ironman. Confuso? Não, explico novamente. Triatleta gosta de praticar, treinar e é claro, competir... mas não precisa ser o Ironman. Essa é apenas uma das provas. Realizar um short com um start line competitivo e conseguir um bom resultado é extremamente gratificante. Subir no pódio então, nem se fala. Triathlon é pra sempre, é o tempo todo, é um modo de vida. E o Ironman deveria ser um dos estágios e talvez o último a se iniciar.
Após 8 anos praticando a modalidade, resolvi experimentar. E a ideia é retomar o blog para documentar a experiência, narrar os sentimentos, preocupações, dificuldades e principais treinos. Espero conseguir conciliar o trabalho, família, filho, treinos e ainda escrever por aqui. Vamos com tudo, IM2014!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário